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Já pensou em usar a colaboração como ferramenta de trabalho?

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Paola Mariano

Paola Mariano

Publicitária com foco em marketing digital, conteúdo e planejamento pra redes sociais, metida a querer empreender, no mercado há 9 anos. Brindo a vida e os momentos sempre que dá, vivo no mundo da Lua, com uma boa cerveja, um bom vinho, comida boa, muitas leituras e a vontade que nunca morre de viajar por esse mundão de meu Deus!

Numa entrevista, seja você a pessoa se candidatando ou a empresa, é comum querer saber sobre o espírito de colaboração do ambiente que está por vir, certo?

Mas vamos combinar que no dia a dia, a prática, a rotina, a correria e até as adversidades no relacionamento, levam a um clima, muitas vezes, com menos colaboração que o desejado. 

Bom, e se eu te contar que você pode adotar a colaboração como uma espécie de ferramenta e, como tal, realizar manutenções constantes para que ela nunca fique em falta nos times?

Bora nessa?

Para começar a exercer o pensamento colaborativo, acho importante que a gente deixe claro uma coisa: Nessa metodologia, não existe uma única liderança, mas sim, a conexão entre vários pontos (circunstancial). 

Não tem mais o conceito de algumas pessoas ganharem e outras perderem, todas elas precisam sair ganhando. 

Ficou confuso? Peraí que já desembolo esse novelo!

Se estivermos pensando como uma rede, como pontos que se conectam, precisamos romper a ideia de competitividade dentro dos nossos times de trabalho, ou até quem sabe, deixar de enxergar concorrentes e passar a ver possíveis parcerias.

Um ambiente onde a colaboração é regra básica, as pessoas tendem a se preocupar menos com o que ganharão isoladamente, e mais com o resultado final como um todo.

E não sou só eu quem estou dizendo!

O poder das redes: 

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Paul Baran já dizia que: A revolução não está nos pontos, mas nas conexões!

Para Paul, existem 3 classificações de redes, conforme pode ser visto na ilustração criada por ele para explicar melhor.

1: Centralizado: As informações saem de um ponto único e seguem suas diferentes direções. 

Tudo está concentrado em um único ponto e com isso, as mudanças e novidades, precisam necessariamente partir dali. 

2.  Redes descentralizadas: Nesse modelo, continua existindo um ponto central, mas ele conta com pontos secundários que partem em outras direções.

Esses dois, são os modelos de gestão mais conhecidos por aí, você reconheceu?

Quais os problemas em ambos? 

Caso você destrua um desses pontos centrais ou, caso eles simplesmente fiquem fragilizados, todo o restante sofre, consequentemente.

E isso pode acabar inutilizando o todo.

Em termos mais práticos, isso significa que se a gestão ou o modo de trabalho depende de apenas uma pessoa, isso pode acabar dando m* uma hora ou outra, por N motivos. 

Quem aí nunca viu uma empresa familiar quebrar por falecimento, dificuldade de soltar o laço do boi ou simplesmente, por má gestão de uma única pessoa.

Outro exemplo é que com todo o enredo centralizado, fica muito mais difícil manter o clima e a vontade de colaborar entre todos os pontos que estão ali conectados.

Somos seres humanos ora bolas!

Mas então, qual o modelo defendido por Paul?

3. Redes distributivas: Aqui, não existe uma hierarquia para os pontos e, todos eles estão conectados a pelo menos mais 2.

Neste caso, a “destruição” de um ponto, não causaria uma ruptura em toda a rede, afinal de contas, ela está fortalecida por mais quantos pontos forem possíveis se conectarem.

Só é possível destruir essa rede, se todo o ecossistema for também destruído. Nesse caso, ouso dizer que seria uma grande catástrofe ou o fim do negócio como um todo né? rsrs

Nesse modelo, percebe que a facilidade de recebimento de novas ideias, soluções e até o compartilhamento de problemas flui muito mais fácil?

Tá difícil de entender ainda o que eu quero dizer?

Descentralização e auto-gestão

Lembre-se que colaborar = Permitir novos olhares.

Você tá lendo aqui com um novo olhar?

Abra essa cabeça e sigamos!

Trazendo esse conceito de não-hierarquia para a prática e dia a dia de uma empresa, eu posso citar alguns termos que você já deve conhecer:

Co-criação e Autogestão.

Não vou me aprofundar em nenhum dos dois, senão misericórdia o tamanho que esse texto tomaria.

Mas rapidamente, podemos entender que ambos partem do mesmo princípio de colaboração e confiança no trabalho dos coleguinhas.

Pra quem acabou de chegar nesse role e ainda está com a cabeça nos modelos tradicionais, deve ser mesmo um pouco difícil de acreditar que um modelo onde não exista hierarquia e onde as pessoas sejam responsáveis por sua própria gestão de tarefas e tempo, dê certo.

Mas bom, não apenas dá certo como VÁRIAS empresas já adotaram.

Um exemplo é a Dobra. 

Tive a oportunidade de trocar uma ideia com o CEO(?), dono (?), chefão(?)… a pessoa que inventou a empresa! haha

Ele contou que por lá, as tarefas são desenvolvidas pelas pessoas capacitadas por desempenhá-las, todas recebem o mesmo salário, você determina quando e quantos dias ficará de férias e a cultura é sim, de autogestão.

Acredite, eles vêm dando certo! 

O manual de cultura da Dobra conta um pouco sobre como funciona isso tudo e, caso você queira entrar para o time, precisa concordar e entender qual a dinâmica do modus operandis.

Legal né?

Já existem precedentes pra você que quer testar por aí!

As super galinhas e o que elas podem te ensinar: 

Tá, mas e como usar a colaboração como uma ferramenta de trabalho? 

Entendendo que ela é uma ferramenta, é fácil aceitar que é possível aprender a colaborar. E também aprender o que NÃO fazer.

Uma das coisas que MATA o espírito de colaboração, é a competitividade.

Um estudo realizado por William M. Muir provou isso.

Ele decidiu separar galinhas que produziam ovos, em 2 grupos.

Um grupo com as galinhas que mais produziam e o outro composto por galinhas de produção aleatória, ou seja, algumas produziam muito e outras nem tanto.

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Durante 6 gerações, William ia observando a produção dos dois grupos e, conforme as galinhas de maior produção fosse se destacando, ele as pegava e mandava para a nova geração de super galinhas.

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Diferentemente do que você, ele e todo mundo estava esperando, o grupo que manteve uma produção média e prosperou, foi o grupo de galinhas aleatórias. Pior ainda, o grupo de super-galinhas entrou em colapso, restando apenas 3 galinhas vivas.

Loucura né?

Na verdade não.

Basta uma pesquisa por empresas que promovem a exaustão e a competitividade, para ver o alto índice de doenças, seja psíquica ou física, entre seu quadro de colaboradores.

Imagine como não seria isso no meio do contexto de pandemia então heim!

Desesperador não é?

colaboracao super galinhas

Matar o EGO é o primeiro passo:

A competitividade faz uma coisa muito ruim aflorar dentre as pessoas: O ego.

Agora sim, estamos chegando a nossa conclusão sobre a colaboração como uma ferramenta de trabalho.

Para lidar com esses problemas, basta que saibamos trabalhar para eliminar o ego das nossas vidas.

Isso começa por você que está lendo isso aqui.

Não tô te chamando de egoísta, mas pensa aqui, basta que acenda uma luzinha de medo de não ter reconhecimento, medo de estar fazendo algo errado ou de não ser suficiente, para que você ative o seu modo de defesa.

E isso é natural. É do seu corpo e é como a sua mente sabe trabalhar.

Esses são os medos mais comuns da humanidade.

Quando você começa a entrar nesse estado de defesa, a sua mente, sem querer, passa de uma Green Zone para uma Red Zone, onde todos os problemas começam.

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O problema é que é muito fácil uma única pessoa contagiar todo o ambiente. 

Então basta que uma delas esteja na Red Zone para o clima de insatisfação, falta de produtividade e empenho sejam passados de uma para a outra pessoa.

Você já sabia disso, mas nunca olhou por este ângulo não é mesmo?

Ninguém quer colaborar quando sente que: teve menos valorização, não está havendo recompensas, o esforço está sendo todo em vão e etc.

Isso nos faz retornar ao início desse texto. Quando definimos que não haverá um ponto centralizador na nossa gestão, se torna mais fácil enxergar quando uma pessoa começa a não estar satisfeita com algo e então, tratar rapidamente para melhorar o espírito colaborativo e a satisfação dela, dentro de todo o organismo em que está inserida.

Como então, fazer a colaboração permanecer no trabalho:

  1. Identifique o que te faz ir para a red zone. Pode ser a fase da lua, o horário, alguma atitude alheia, os noticiários, a falta de um café da manhã reforçado. Enfim, listar uns 30 tópicos do que te faz perder a cabeça, ajuda a identificar quando o seu humor está mudando. Isso serve para o seu time também, vai conhecer seu time!
  2. Trabalhar para que o clima esteja dentro de uma média de satisfação, considerando todos os pontos que foram levantados anteriormente. 
  3. Não promover a competitividade, inflar ou inflamar egos e muito menos, levar seu time a um nível máximo de estresse e produção acelerada. Olha o burnout aí galera.
  4. Dê e aceite feedbacks constantemente. Mas não adianta prometer e levar 1 ano para passar um feedback para suas parcerias, contratações ou colegas de trabalho, por favor né rsrs.
  5. Faça sugestões e aceite as receber de volta. Quanto mais ideias melhor, não é mesmo?

Você pode se aprofundar mais sobre qualquer um dos assuntos que eu levantei aqui nesse texto, são todos muito ricos pra melhorar o dia a dia profissional ( e pessoal).

Mas se quiser saber qual é a maior lição que eu tirei desse aprendizado de colaboração como ferramenta de trabalho é: Todos somos humanos e hora ou outra, vamos acabar indo parar em nossa red zone. 

Nessas horas, é importante parar, tirar um tempo de ócio criativo, mentalizar coisas boas e listar também o que te faz ir de volta a para a green zone. Seja um banho quente, uma música gostosa ou pedir um feedback honesto que alguém que seja referência pra você.

Não surta! Estamos todes no mesmo barco.

Fontes: Paul Baran – A estrutura sem centro: as arquiteturas de redes
Apud Muir, W. M. (2013). Genetics and the Behaviour of Chickens: Welfare and Productivity. In Genetics and the Behaviour of Domestic Animals, 2nd Edition. (Vol. 2, pp. 1–30).
Curso Perestroika – Clipe 

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